Retorno para São Paulo - 4200 km


Estávamos a 4200 km de casa e tínhamos 5 dias para fazer este trajeto, contando com uma parada mais prolongada em Mendoza. Decidimos chegar o mais próximo da fronteira com a Argentina, deixando para fazer a travessia no dia seguinte bem cedo, pois este trecho vale a pena pela paisagem.
Escolhemos a cidade de San Felipe, a 750 km de Copiapó. Descemos pela Ruta 5 até próximo a Santiago e depois pegamos a Ruta 60 até San Felipe. A Ruta 60 é a que sobe os Andes até a fronteira com a Argentina. Reservamos quartos no Hotel Amendral pelo celular, chegamos lá no final da tarde depois de uma certa dificuldade com o endereço, pois a placa do Hotel era muito pequena e encoberta por árvores.

Parada para um lanche na Ruta 5

Hotel Almendral - San Felipe
Na manha seguinte saímos logo cedo com destino a Mendoza, cerca de 300 km. Este trecho vale a pena fazer com calma, belas paisagens. O tempo estava quente, frustando um pouco o grupo que passou calor a 3200 m de altitude.
Passamos pelos caracoles, pouco antes da Aduana, depois  Aconcágua, Ponte Inca e Uspallata, margeando o Rio Mendoza, até chegar na cidade que dá nome ao Rio, pouco depois do almoço. Deu para conhecer um pouco a cidade e principalmente tomar bons vinhos. Ficamos hospedados no Villaggio Hotel Boutique, um ótimo custo benefício.




Aconcágua



Fila Aduana

Aduana

Uspallata
Estancia La Florencia - Mendoza

Villaggio Hotel Boutique - Mendoza
Mendoza era a última parada de maior interesse que tínhamos, agora era planejar o retorno para casa. Combinamos de fazer em três dias, ou seja média de mil km por dia. Decidimos por pegar a Ruta 7 em direção a leste, escolhemos a cidade de Paraná, próximo a Santa Fé a 940 km de Mendoza. De Paraná seguimos mais 1120 km pela RN 12 até Foz do Iguaçu e dai mais 1070 km até São Paulo.

Paraná

Paraná

Paraná


Foz do Iguaçu

Chegando em São Paulo

Chegamos a noite em São Paulo depois de 9000 km de muito divertimento. Agora só nos resta pensar na próxima viagem...Até lá!!

San Pedro do Atacama - Copiapó 840 km

Depois destes 4 dias de descanso chegou a hora de retornarmos. As informações sobre o deslizamento eram desencontradas, mas ainda não havia uma previsão certa para a abertura e pior, a estrada por onde viemos ficou muito danificada com as chuvas e o aumento de tráfego de caminhões e ônibus nos últimos dias. Como tínhamos dias sobrando, decidimos voltar pelo Chile, descendo a Ruta 5 e entrar na Argentina por Mendoza, que era nosso roteiro inicial. Meu filho voltaria comigo.
Saímos logo cedo de San Pedro em direção a Calama e Antofagasta, seguindo pelas Rutas 23, 25 e finalmente a Ruta 5, o trecho chileno da conhecida Via Panam (Panamericana), que teoricamente se estende desde a cidade de Fairbanks no Alasca até Quellón, no sul do Chile.
Logo depois de San Pedro, voltamos a subir a cerca de 3200 km, o frio nos surpreendeu, mas como sabíamos que logo voltaríamos a descer, aguentamos aquela meia hora de tremedeira.
Cerca de 80 km depois de Antofagasta tem a famosa escultura Mão no Deserto, parada obrigatória para fotografia e carimbar nossa viagem ao Atacama.
Seguimos em frente, atravessando todo o deserto, o vento forte foi nosso companheiro durante todo este trajeto. Depois de Chañaral, a Ruta 5 margeia o Pacífico, deixando a viajem muito mais agradável e cênica. 
A idéia era dormir em La Serena, mas optamos por Copiapó para não forçar muito a barra. Ficamos Hospedados no Hotel Maray, fácil por ficar próximo a Ruta 5.

Saída de San Pedro




No meio do deserto 








Hotel Maray - Copiapó


San Pedro de Atacama

Logo cedo nos posicionamos na fila da Aduana que estava programada para abrir as 8:00h. Esperamos cerca de 2h, pois haviam alguns ônibus de turismo na nossa frente, o que deixa o processo bem lento. Apesar do tempo, a espera é interessante, podemos trocar idéias com pessoas de diversos países, todos com alguma história para contar.
Passamos sem problemas, agora tudo é feito lá, a saída da Argentina e a entrada no Chile. Quando fui em 2012 a imigração do Chile era feita em San Pedro.
Seguimos direto para San Pedro de Atacama, a cerca de 150 km, um dos trechos mais panorâmicos da viagem, passando por diversos salares, picos nevados e o Vulcão Licancabur. Nos últimos 40 km, descemos de uma só vez dos quase 4000 m de altitude do altiplano para os 2400 m de San Pedro.
Ficamos 4 dias na cidade no Hotel Corvatsch. Deixamos as motos descansando neste período, pois nossas esposas e meu filho foram de avião e estavam nos aguardando. Fizemos todos os passeios com as agencias locais. Apesar de ser considerado o deserto mais seco do mundo,  choveu todos os dias.

Fila Aduana Paso de Jama





Vulcão Licancabur





San Pedro de Atacama



Vale dela Luna




Lagunas Escondidas








Geysers